sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Petrolina. O mais belo recanto do mundo.


Dorme o sol, à flor do Chico, meio- dia... O poeta disse isso.  Na verdade, nunca acreditei nessa frase. O sol nunca dormira. Sempre esteve vigilante e atento, ao caminhar de Petrolina.
     
      117 anos avançando, crescendo, orgulhando. Minha infância rica de peraltices e de aventuras, que tem como palco minha Petrolina altaneira, nunca vislumbrava a potência que minha terra tornar-se-ia. Sim, minha terra. Nasci em Juazeiro, afinal, a médica plantonista de minha mãe estava lá... Em 12 horas pós-rebento, já estava eu respirando o vento agreste de minha Petrolina.

       Talvez Dom Malan tenha sido o mais fiel tradutor dessa terra.  Ele como bom homem da Casa de Deus e com a oratória das massas reunira os fieis em volta daquela planície e bradara: “Façamos a casa de Deus... E tudo mais crescerá ao redor!”. E aos poucos, as pedras do Caldeirão da Raposa iam chegando... Carroças, carrinhos de mão, na cabeça dos mais fortes... e aquela construção tomou forma, tornando-se o ícone da cidade ribeirinha, minúscula, e igual a tantas outras banhadas pelo Rio São Francisco. Mas quis o destino e a força de seu povo, que Petrolina se destacasse. Tínhamos ao nosso favor dois homens fortes - Dom Malan e Coronel Quelê - Um focado na fé e na Religião, e o outro focado na Fé e no trabalho. E ao redor dos dois célebres homens, muitas famílias com grandes outros nomes, que aos poucos, construíram o alicerce da Petrolina do futuro.

Pois é Petrolina, declarar meu amor por você é um tanto vago, tendo em vista que mais de 200 mil pessoas assim o fazem.  Mas não posso deixar de registrar o quanto és bela, o quanto representas, o quanto significa para mim. Em teu solo repousam os restos mortais de meus antepassados, em especial meu avô que tanto trabalhou para ser o que és.  Em teus bairros, residem tantos e tantos cancões como eu, descendentes daqueles que te viram nascer, crescer, se consolidar.

Nesses teus 117 anos, recebe meu afeto e meu respeito pelo que fostes, pelo que és, e pelo que serás no futuro, a Capital SanFranciscana do Nordeste Brasileiro.

Sou o que me convém ser...

Sou o que me convém ser...