domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que perdemos na linha do tempo, acharemos

Todos nós, obrigatoriamente, temos infância. Talvez a ‘nova geração’ na qual enquadro minhas sobrinhas, sobrinho e meu irmão caçula, não vivenciará aquilo que tantos outros iguais a mim viveram em seu tempo e ao seu modo. Vamos aos fatos: Lá pelos idos de 1986, estudei em um colégio daqui do Recife e tinha minha turminha de sala em que vivíamos grudados. Lembro que eu não era do fundão, tampouco da turma CDF, mas tinha um grande amigo que era, seu nome: Lelo Paiva. Os trabalhos extra-sala fazíamos juntos. Eis que o destino tomou cada um de nós pelo braço e fez a rota específica de ambos. Após alguns anos, eu voltava do interior e lembrei-me de seu fone.  Fiz o contato via tel, marcamos um lanche e conversamos um pouco da vida que levávamos em nosso universo particular. Depois disso, nos perdemos mais uma vez.
Ontem a tarde, assisti o Programa do Luciano Huck e um dos quadros o participante cantara Canção da América, de Milton Nascimento. De cara lembrei que recebi um cartão de Natal em que esse meu amigo mencionava trecho desta música. Minha impulsividade martelou tanto a caixa craniana que fiz uma busca no Facebook, no Orkut, e nada de achá-lo.  Por sorte fui ao Google e acabei achando algum resultado dele no ano 2000. Não me fiz de rogado e fui para a lista telefônica na net.  Não tive sucesso. Porém, pelo sobrenome dele achei o número de alguém que tinha o primeiro nome parecido com o dele e o mesmo sobrenome: Bingo! Liguei para casa do pai dele e pedi para chamá-lo. Confesso que tem horas que nem eu acredito na minha cara lisa. O pobre do Lelo tomou um susto. Pelo menos lembrou que eu de fato era o mesmo. O mais engraçado é que moramos atualmente no mesmo bairro, duas quadras distantes e a menos de 600 metros um do outro.
Moral da história 1: O Mundo é uma azeitona.
Moral da história 2: Só quem marca episódios da vida da gente, garante com tintas indeléveis seu lugar na nossa história.
Moral da história 3: A Internet é uma janela para o mundo. Maktub.


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Sou o que me convém ser...

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